Factos históricos
Como foi hábito das potências colonizadoras denominarem as cidades ou regiões pelos nomes dos seus conquistadores ou governantes, Ndalatando é aportuguesada e baptizada com o nome de Salazar, em 1936, em homenagem ao então presidente do Conselho de Ministros, António de Oliveira Salazar, em visita às terras angolanas.
Alcançada a Independência, em 1975, o Governo da então República Popular de Angola desaportuguesou todos os nomes impostos às cidades pelo colonialismo e, finalmente, o nome de Salazar ficou apagado e devolveu-se a designação de Ndalatando, a partir de 18 de Julho de 1976.
Nessa data, foram expulsas da cidade todas as forças externas e internas que se opunham às Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA).
Cazengo integrava as povoações de Kamujekete, Kissecula, Protótipo, Pedra d'água, Guardachiga, Tumbinga, Catoco, Mutémua, Mulemba de Baixo e de Cima, Caxilo, Capexe, Cassassa, Caculuculo, Cazanga, Zavula, Kifue, Ngola Kafuxe Honga, e Ndalatando.
Potencialidades turísticas e mineiras
Possui vários locais de interesse turístico e histórico para acomodar os citadinos, visitantes, homens de negócios e de investigação científica.
Encontram-se instalados, na cidade, hotéis, pensões, restaurantes e centros recreativos, embora em quantidade reduzida, enquanto que as quedas dos rios Muembeji, Lucala, Lùssue, o Centro Horto Botânico do Kilombo, as Cataratas do Monte Redondo, a Fonte da Santa Isabel, as Furnas do Zanga e o Monte Belo, são, dentre outros, lugares de beleza fascinante e empolgante.
Na localidade do Zanga, encontram-se as rochas de Mármore e Cal, que já mereceram exploração, na década de 50, que muito ajudou na aplicação das obras construídas, na região do Cuanza-Norte e noutras.
O manganês e o ferro mereceram atenção de prospecção para exploração, enquanto a abundância da pedra vulgar e da areia é incalculável.
Principais desafios
A carência de infra-estruturas habitacionais e terrenos infra-estruturados em zonas seguras constitui um dos principais desafios das autoridades.
Em função dessa carência, a cidade regista um crescimento desorientado com surgimento de novos bairros edificados em zonas de risco, como valas, cursos de água, montanhas, entre outros obstáculos.
A nomenclatura desses novos aglomerados populacionais, com destaque para "Quem me ama", "Kudinhenga" e "Umeira", confirmam essa realidade, que entristece os cidadãos da província, que, de forma cíclica, têm assistido a cenários chocantes marcados por inundações provocadas pelas chuvas.
Para colmatar o défice habitacional, o Governo da Província tem em execução, há mais de cinco anos (desde Março de 2018), a urbanização de Cazengo, onde, numa primeira fase, estão a ser construídos 14 edifícios, com quatro andares cada, que vão perfazer 212 apartamentos, na maioria do tipo T-3.
Este projecto está orçado em pouco mais de seis mil milhões de kwanzas.
Um outro projecto habitacional de auto-construção dirigida que está a ser edificado, no km 11, hás mais de três anos, localizado a Leste da cidade de Ndalatando, sentido Malanje, foi concebido numa área de 262,32 hectares.
O plano de loteamento elaborado pelo Governo local também visa definir a malha urbana da cidade, dar solução para a falta de espaços para a construção ordenada e fomentar a habitação social e a auto-construção dirigida.
Nesse projecto, estão a ser construídas 450 casas, contemplando zonas para a construção de campos de futebol, escolas, bancos, lojas e demais infra-estruturas sociais.